Mauritus Cornelis Escher, nasceu
em Leeuwarden na Holanda em 1898, faleceu em 1970 e dedicou toda a sua vida às artes gráficas.
Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande
interesse pelos estudos, mas os seus pais conseguiram convencê-lo a ingressar
na Escola de Belas Artes de Haarlem para estudar arquitectura. Foi lá que
conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem
portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita.
Com o professor Mesquita, Escher
aprendeu muito, conheceu as técnicas de desenho e deixou-se fascinar pela arte
da gravura. Este fascínio foi tão forte que levou Mauritus a abandonar a
Arquitectura e a seguir as Artes Gráficas. Quando terminou os seus estudos,
Escher decide viajar, conhecer o mundo! Passou por Espanha, Itália e fixou-se
em Roma, onde se dedicou ao trabalho Gráfico. Mais tarde, por razões políticas
muda-se para a Suíça, posteriormente para a Bélgica e em 1941 regressa ao seu
país natal.
Estas passagens por diferentes
sítios, por diferentes culturas, inspiraram a mente de Escher, nomeadamente a
passagem por Alhambra, em Granada, onde conheceu os azulejos mouros. Este
contacto com a arte árabe está na base do interesse e da paixão de Escher pela
divisão regular do plano em figuras geométricas que se transfiguram, se repetem
e refletem, pelas pavimentações.Porém, no preenchimento de superfícies, Escher
substituía as figuras abstrato-geométricas, usadas pelos árabes, por figuras
concretas, perceptíveis e existentes na natureza, como pássaros, peixes,
pessoas, répteis, etc.
Escher, sem conhecimento
matemático prévio mas através do estudo sistemático e da experimentação, descobre todos os diferentes grupos de
combinações isométricas que deixam um determinado ornamento invariante.
Aos poucos, Escher, vai sendo
cada vez mais ousado e para além da “dança” com a
geometria, vai também ao encontro do infinito. A divisão regular da superfície
aparece misturada a formas tridimensionais, geralmente num ciclo sem fim, onde
uma fase se dilui na outra.
Desde o início que um dos seus
fascínios era a representação tridimensional dos objetos na inevitável
bidimensionalidade do papel. Escher, explorou em profundidade as leis da
perspectiva e desafiou essas leis nas representações bidimensionais e
tridimensionais, provocando o conflito das representações.
Dono de uma personalidade
humilde, Escher, não se considerava artista nem matemático. Mas a verdade é que
transportou para os seus desenhos estruturas matemáticas complexas,
perspectivas espaciais que necessitam sempre de um apurado segundo olhar,
podemos mesmo dizer, de um terceiro, quarto ...
Fascinado pelos paradoxos
visuais, Escher chegou à criação de mundos impossíveis. Nesses trabalhos, o
artista joga com as leis da perspectiva para produzir surpreendentes efeitos de
ilusão de óptica. Nos seus desenhos somos levados a novos universos, a sítios
verdadeiramente misteriosos! Para Escher a realidade pouco interessa, antes
pelo contrário, prefere criar mundos impossíveis que apenas pareçam reais. Eis
porque se tornou uma espécie de mágico das artes gráficas.
O formato dos sólidos
geométricos, em especial, dos poliedros também atraiu Escher. Seu interesse
nasceu a partir da observação dos cristais, possivelmente influenciado por seu
irmão que era geólogo. Realizou diversos trabalhos explorando as possibilidades
dos poliedros. Maravilhado pelas suas formas afirma que no caos da sociedade
moderna os poliedros "representam de maneira ímpar o anelo de harmonia e
ordem do homem"
São todos estes “condimentos” matemáticos aliados à mente artística de Escher
que resultam num trabalho tão original e extraordinário. Escher foi reconhecido
pelo mundo, pelos seus desenhos de ilusões espaciais, de construções
impossíveis, onde a geometria se transforma em arte ou a arte em geometria.
Fonte:http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm33/Escher.htmO fantástico mundo de Escher
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